O impacto da crise da covid 19 sobre a economia é gigantesco e nefasto, com consequências desastrosas. De todas as empresas que fecharam suas portas esse ano em todo o país, em um total de 1,3 milhão de negócios, 40% o fizeram por conta da pandemia. Isso significa que quatro em dez empresas que encerraram suas atividades não suportaram os efeitos da quarentena. Mas como o marketplace ajudou os lojistas?
Não se discute o impacto terrível que a crise trouxe para o comércio em geral. Mas no fim do túnel havia uma luz, e quem soube utilizá-la não engordou essa estatística e, em muitos casos, até aumentou seu faturamento. Trata-se das vendas online, que cresceram em maior 137,35% se comparadas ao mesmo mês do ano anterior, segundo o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.
A importância do marketplace no e-commerce diante da crise econômica foi absolutamente relevante, fazendo a diferença para um sem número de pequenos negócios, que, assim, tiveram acesso às vendas online. Lojistas de todo o Brasil encontraram no marketplace soluções para enfrentar a crise.
Marketplace: o que é isso?
O marketplace é como um shopping virtual, ou seja, um portal que abriga inúmeras lojas para a venda de produtos e serviços variados. Talvez você jamais tenha ouvido falar desse termo, mas certamente conhece vários marketplace de sucesso, como OLX, Submarino, Amazon e Mercado Livre, entre outros.
Qualquer loja online pode se cadastrar e vender seus produtos em um marketplace, desde que seja aprovado o negócio, haja condições para grandes vendas e, claro, que seja feito o pagamento de uma alta comissão por venda, que gira em torno de 16%.
O e-commerce foi a solução para enfrentar a crise
Muitas lojas físicas ficaram impedidas de abrir suas portas durante um bom período do isolamento social. Os resultados foram nefastos, mesmo porque muitas sequer trabalhavam com delivery. Qual a solução? Como se reinventar e passar , do dia para a noite, a vender pela internet?
O e-commerce foi a solução. E muitas empresas não só conseguiram se manter durante o pior momento da pandemia e do isolamento social, como até aumentaram os seus lucros. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio eletrônico (Abcomm), a pandemia injetou mais de 30milhões de novos consumidores do e-commerce, com um aumento médio nas vendas de 30%.
Também segundo a entidade o número de lojas online aumentou 400% no período. Até a segunda quinzena de março, a cada mês dez mil novos lojas surgiam na internet, número esse que passou para 50 mil mensais durante o isolamento social.
As vantagens das empresas que aderiram ao marketplace
As pequenas lojas que aderiram a algum marketplace tiveram acesso a um enorme público consumidor em potencial e isso significou vendas, muitas vendas. É importante ressaltar que o próprio mercado se movimentou para acolher esses pequenos negócios.
Uma parceria entre o Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae) e a gigante do varejo Magazine Luiza permitiu que inúmeros pequenos lojistas tivessem acesso à plataforma Parceiro Magalu, com vendas e apoio em marketing, logística de entrega, ferramentas de análise e gestão do e-commerce. O marketplace de moda Ozllo também ofereceu facilidades e registrou um aumento de 185% do número de novas marcas vendendo por meio de seu portal.
E agora? Como essas lojas vão se comportar?
A importância do marketplace no e-commerce é indiscutível, ainda mais em tempos de pandemia e isolamento social. Eles abriram o caminho para muitas empresas entrarem no mundo online e se beneficiarem disso. O isolamento social imposto pela covid 19 está aí, disso é impossível escapar, mas os lojistas têm soluções para enfrentar a crise econômica, e a adesão a um marketplace é uma delas, e, mais do que isso, pode significar a abertura de novos caminhos.