A pandemia do novo coronavírus e o distanciamento social acabaram por dar um formidável impulso ao meio digital. O número de pessoas que utilizam a internet para fazer suas compras, estudar, se divertir, promover reuniões e fazer movimentações bancárias cresceu consideravelmente. Afinal, muita gente que evitava tais atividades por meio do mouse ou da ponta do dedo precisou reconsiderar suas restrições e adotar o meio digital nestes novos tempos de confinamento.

Os especialistas são unânimes em dizer que essas pessoas que jamais utilizavam o computador ou o celular para realizar suas tarefas cotidianas antes do distanciamento social não deixarão mais o meio digital. Perderam o medo dele. O resultado, todos conhecem: as vendas online, por exemplo, nunca cresceram tanto como agora. O e-commerce brasileiro deu um salto de 47% no primeiro semestre deste ano, a maior taxa de crescimento registrada nos últimos 20 anos, de acordo com a consultoria Ebit Nielsen.

Além das vendas online, duas áreas em especial vêm se destacando muito após a pandemia: EAD (ensino a distância) e home office. Mas será que estudos online e o novo formato de trabalho vieram para ficar?

A pandemia e o “novo normal”: novo estilo de vida

Por conta da pandemia do novo coronavírus e o distanciamento social, não se fala em outra coisa senão o “novo normal”. É verdade que não podemos garantir como a vida será após uma vacinação em massa, afastando de vez o perigo do novo coronavírus, mas há algumas pistas que revelam algumas mudanças no nosso dia a dia.

No chamado “novo normal”, a preocupação com a higiene será maior, disso ninguém duvida. O saudável hábito de lavar as mãos, por exemplo, veio para ficar. Nos preocuparemos mais, também, com o conforto de nossa própria casa. E o meio digital continuará a registrar altas taxas de crescimento. Não há dúvidas de que os estudos online, por meio do EAD, vão se solidificar no Brasil, bem como o home office, estabelecendo um novo formato de trabalho. Um novo estilo de vida veio para ficar.

Novo formato de trabalho: o home Office veio para ficar?

A resposta é sim! O home office veio para ficar, e isso já está muito claro desde já, independente da descoberta da vacina contra o novo coronavírus. Esse novo formato de trabalho já era uma tendência no mundo inteiro, mas agora começa a se tornar um padrão.

Grandes empresas já anunciaram que estão adotando o home office definitivamente. A Petrobras, por exemplo, já anunciou que pretende reduzir em 50% seu quadro presencial. Isso significa que metade dos colaboradores irá trabalhar de casa permanentemente. A companhia fez uma pesquisa e descobriu que 82% dos seus empregados querem optar pelo trabalho remoto. Por exemplo, a Oi é outra gigante que já adotou o home office: 80% dos colaboradores já estão trabalhando de casa.

Realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA), a pesquisa “Gestão de Pessoas na Crise covid-19” apontou que 46% das empresas adotaram o home office durante a pandemia. Quando se trata de grandes empresas, esse número sobe para 55%. Na mesma pesquisa, 50% das empresas disseram que o home office superou as expectativas e apenas 36% não pretendem manter seus empregados em casa.

EAD: os estudos vão mudar?

O EAD já vem demonstrando força antes mesmo da pandemia. O Instituo Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revela, no Censo da Educação Superior 2018, que a educação brasileira já oferece mais vagas na modalidade a distância do que em cursos presenciais. Naquele ano, foram ofertadas 7,1 milhões de vagas EAD e 6,3 milhões de vagas que exigem a presença física do aluno.

Com o isolamento social, esses números estão turbinados. A consultoria Catho Educação fez uma pesquisa e garante que o número de matrículas em cursos EAD cresceu 70% entre os dias 21 de março e 6 de abril, no início do isolamento social. Além disso, o interesse por cursos remoto aumentou em 45%.

Especialistas concordam que o EAD tem como grandes vantagens o preço mais acessível e a comodidade de estudar de onde e quando o aluno quiser. Por conta da pandemia, alunos de cursos presenciais foram obrigados a migrar para o ensino a distância, e isso tem quebrado muitas barreiras, popularizando ainda mais esse sistema de ensino.